sábado, 2 de junho de 2012

Atualizando poemas!

Salve, salve, queridos seguidores deste humilde Blog!
Bem, sei que estou há uma eternidade sem passar por aqui, mas é que, para variar, não tenho tido vontade de o atualizar mesmo! Na verdade verdadeira, ainda nem sei direito o motivo pelo qual mantenho este espaço. Mas, deixa pra lá...
De qualquer forma, continuo sem vontade de postar algo interessante. Não que minha vida não esteja passando por um momento curioso, mas deixarei isto para quando tiver vontade de escrever!
Sendo assim, o que justifica minha passagem por aqui é simplesmente a vontade de postar os poemas mais recentes que escrevi. Não que sejam tãããão recentes, mas...
Como de costume, colocá-los-ei na ordem cronológica de escrita!
Então, vamos nessa!!!
Ah, ocorreu-me o seguinte. Como todos devem saber, não me importo que usem meus poemas (caso sintam desejo de os usar), mas peço apenas que deem crédito por eles, ok?! ^^
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Cansado

Cansado
Do que não posso ter
Ver
Ser

Cansado
Do que não posso falar
Pensar
Almejar

Cansado
Da falta cometida
Da palavra perdida
Da vida sofrida

Rio, 06/03/12

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Pensando em você

Quando penso em você
Sinto uma enorme vontade
De escrever uma canção
Que fala do coração
Do que sinto de verdade

Quando penso em você
Lembro do quanto é difícil
Parar para escrever palavras
Que reproduzam o que vem da alma
Aquilo que já se tornou um vício

Quando penso em você
Penso no teu terno sorriso
No jeitinho como você dorme
Na tua sapequice desconforme
Que sempre me deixa impreciso

Quando penso em você
Percebo que, a cada dia que passa,
Mais sinto tua falta ao meu lado
Mais participo deste jogo intrincado
Que me prende com leveza e graça

Quando penso em você
Perco meu ar meio blasé
Pego-me em teu olhar aprisionado
Sem escolha, escravizado,
Fico aqui à tua mercê

Quando penso em você
Em Neruda me baseio
Querendo fazer o que a primavera
Faz com as cerejeiras mais belas
Em teu corpo cálido inteiro

Quando penso em você
Uma profusão de sentimentos me consome
Anseio querer me tornar uma estrela
E a tentativa de qualquer esforço para tê-la
Faz-me clamar em silêncio teu nome

Rio, 09/03/12

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Seu doutor

Me diga, seu doutor:
Pro que sofro há remédio?
Não aguento mais a dor
De ter que sofrer de tédio

Olha isso, seu doutor!
Como posso ser assim?
Vivo sem tirar nem pôr
Toda vida que há em mim

Me explica, seu doutor:
O que há de errado então?
Às pessoas falta amor
Mas sobra ódio no coração

Como pode, seu doutor,
Tanta gente assim, sem causa?
Apenas guardam rancor
Apenas se enchem de mágoa

Por que isso, seu doutor?
Uns com muito, tantos com nada
Vai, me explica, por favor,
Esta diferença descarada

Se anime, seu doutor,
Pois nem tudo é desse jeito!
Há quem, por meio do labor,
Ganhe seu próprio respeito

Te digo, seu doutor:
Nem tudo tem resposta.
Mas eu sei que o ardor
De viver é o que importa

No fim, seu doutor,
Fica o prêmio de consolação:
A alegria de, sem pudor,
Ser feliz sem ter razão

Rio: 24/03/12

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Modernismo

Ei, José! Não esmoreça, rapaz!
A festa acabou? O povo sumiu?
Pra isso há solução eficaz
Venha conosco! Acredite-me, viu?

A pedra que tinha no meio do caminho
Foi retirada por nós, seu moço
Foram dias de trabalho, suor, afinco
Acredite, exigiu muito esforço

Nossa ida pra Pasárgada
Agora já é possível
Depressa, em passadas largas
Vamos encontrar nosso rei amigo

Rio: 30/04/2012