quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sentindo-se leve!


Sentindo-se leve

Certa vez estava num destes sites de relacionamentos e comecei a conversar com uma menina. Seu nome era Raphaella e morava em Recife, PE! Uma menina muito inteligente, mas com um sério problema de saúde: era depressiva (e aqui falo de Depressão mesmo!). Certa vez (pra ser mais exato, no dia 05/03/11), enquanto conversávamos, ela escreveu o seguinte (fiz alguns ajustes pra tirar da linguagem de Msn): “Eu não quero mais viver, meu bem. Mas vou deixar tudo certinho. De início, tô me desapegando da galera da faculdade. Em pouco tempo eles nem lembram mais de mim. Depois vou preparar o pessoal do trabalho. Por último amigos e família. Meus amimais já perceberam. Não vão sofrer!”
Depois de uma longa conversa, ela finalmente mudou de ideia! Colocou a culpa desta mudança em mim, embora eu não tenha feito nada demais (até hoje carrego esta “culpa”...)!
Tornamo-nos ótimos amigos e conversamos freqüentemente! E ontem tivemos uma conversa que me fez pensar um pouco e vir até aqui para escrever! Claro que pedi permissão a ela pra colocar trechos do que conversamos, a fim de ficar mais claro! Tudo começou com a frase de Msn dela que dizia Eu te amo!. Assim que entrei, respondi de pronto Eu também te amo! e ela respondeu Oh meu Deus!!! Você respondeu a minha frase!. Embora não tenha visto nada demais naquilo, o assunto foi até que ela disse que estava lembrando o motivo pelo qual gosta tanto de mim e que isto está relacionado ao fato de eu ser tão importante a ponto de não a ter deixado morrer (eu disse que ela me “culpa” por isso até hoje...). Conversa vai, conversa vem, chegamos a um ponto interessante. Ela, que tomava vários antidepressivos, parou de os tomar. Quando perguntei se ela estava se sentindo bem com ela mesma, respondeu imediatamente Melhor do que antes!! Aí resolvi dar uma sugestão que julguei importante: pedi para que ela tentasse se sentir “mais leve”.
Mas... como assim “Mais leve”? Explico!
Usando como exemplo a minha primeira sessão de fisioterapia, notei que tenho extrema dificuldade pra fazer algo relativamente simples: relaxar a cabeça!
É sério! Fiquei tomando "bronca" do fisioterapeuta o tempo todo por estar com os músculos presos, contraídos. Daí já se pode concluir algo importante: o fisioterapeuta terá muito trabalho comigo! Eheheheheh!!!
Mas, tirando esta parte, acho que o exemplo é ótimo por uma coisa: a citação da palavra preso.
De acordo com o Dicionário Aurélio:
Preso Adj. 1) Seguro por corda, correia, corrente, etc. 2) Condenado à prisão. 3) Detido pela polícia. 4) Sem liberdade ou ação de movimento.

Neste caso, estamos lidando com a quarta opção!

Sinto que estou preso a muitas coisas e sinto cada vez mais que não estou conseguindo me desprender delas. Algumas porque preciso finalizar antes de seguir um próximo passo; outras porque simplesmente não tenho coragem de as fazer; e, por fim, outras porque não tenho dinheiro mesmo pra fazer algo diferente!
Tenho tentado pensar em modos de lidar com tamanha prisão e como sair dela, mas confesso que tem sido bastante complicado! Entretanto, a consciência de que algo está errado e deve ser mudado ajuda-me a entender que é importante reconhecer que se precisa de ajuda para trilhar por estes árduos caminhos. Mais que isso, mostra-me que o desejo de mudança é fundamental nesta empreitada.

Tal processo de mudança pode ajudar em vários aspectos da vida.
Retornando ao exemplo da fisioterapia, notemos o seguinte: vou ao fisioterapeuta porque tenho cefaléia cervicogênica. O mais simples e prático – e que todos fazemos – é lidar com o que é sintomático, ou seja, o que aparece como sintoma, que são as dores musculares e de cabeça. Porém, esquecemos que esta cefaléia, muito provavelmente, tem um motivo, uma raiz que deve ser encontrada e tratada. Isto é, a cefaléia é apenas a ponta do iceberg.
Se levarmos este pequeno exemplo pra outros aspectos da nossa vida, veremos que muitos incômodos aparentemente simples são frutos de algo muita mais profundo e que, muitas vezes, não nos damos conta! Assim, um pouco de reflexão sobre como estamos vivendo pode nos levar a descobrir o que há no início da via. A partir da descoberta desta etapa, creio que seja menos complicado decifrar o restante do caminho!
Embora o problema possa estar em diversos lugares, o principal sítio de ação parece ser mesmo a nossa gloriosa cabecinha! Partindo desta premissa, tenho tentado encontrar o foco inicial dos meus problemas! Tenho conseguido, mas, como dito acima, há fatores que me impedem de simplesmente seguir em frente. O que fazer nesta situação? Tentar extrair o máximo que puder e me livrar aos poucos destes pesos incômodos!
Bem, é assim que tenho tentado seguir! Devagar e sempre, eu sei, mas já é um bom começo! Quem sabe assim não encontro a leveza de espírito que tanto tenho buscado...
Outro ponto que pode ajudar é a conversa com amigos! Afinal, como dito acima, o poder da amizade é muitas vezes o necessário para sairmos de muitas enrascadas.
Por isso, caros amigos, busquemos a leveza de nosso ser! Livrar-se dos pesos é o primeiro passo e fazer o que se gosta é fundamental para sermos felizes de fato!

Bem, acho que é isso! Até a próxima... e, muito provavelmente, com poema novo!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Atualizando (não consigo pensar num título)

Olá pessoas! Olha eu aqui mais uma vez! Disse que manteria o Blog atualizado, não disse?! Pois é o que tô fazendo! E hoje tem poema novo! E sugestões também! Então, vamos ao que interessa!

Confesso que fiquei em dúvida sobre o que escrever aqui como prelúdio do poema, pois há assuntos que prefiro deixar pra lá a tratar aqui com vocês! Nada pessoal, “coisas minhas, talvez você nem queira ouvir.” (Obrigado Contraparte por ter me “apresentado” Ana Carolina!)
De qualquer forma, esta tem sido uma semana bem agitada. Ainda tô no ritmo frenético no laboratório e tendo que dar um jeito na minha vida pessoal! Tem sido bem “interessante” lidar com tantas coisas ao mesmo tempo. Resultado disso? Doença em cima de doença! A mais nova delas é a “Cefaléia cervicogênica” (http://www.artigonal.com/medicina-artigos/cefaleia-cervicogenica-1108312.html). Além disso, meu joelho tem atacado cada vez mais. Resumo da opereta: Fisioterapia e musculação no menino! O mais curioso é que o fisioterapeuta me mandou fazer exercícios físicos (por isso a musculação) e tentar ser “mais feliz”, pois isso faz com que o cérebro libere substâncias que ajudam a relaxar e blá blá blá. Essa hora eu achei o máximo, pois só saia a Endorfinae mais nada! Fiquei esperando uma Serotonina, Adrenalina, Ocitocina... mas nada veio! Tudo bem, ele até sabia o que eu fazia da vida, mas acho que ele associou Bioquímica a uma ciência mais próxima da Química do que da Biologia (faz sentido, se olharmos o nome!). Como sou muito legal, deixei-o falar o quanto quisesse sem mostrar que eu sabia muito bem sobre o assunto abordado e que ele não precisava me explicar aquilo tudo! Ademais, o cara é super gente boa e saca bastante da parada!
Quanto ao restante, tenho tentado reavaliar alguns pontos da minha complicada vida! Tem sido uma tarefa árdua, mas acho que vou chegar a uma conclusão em algum momento. Sinto que tenho irritado/chateado/magoado as pessoas que me rodeiam com uma frequência maior do que imaginava! Cara, não é possível! Eu devo estar fazendo algo muito errado mesmo! Só não sei ainda se é por falar demais ou por não falar quando deveria. O fruto disso tudo é um ataque de melancolia profunda que me faz sentir no fundo do poço... embora este não tenha fim, pois sempre podemos cavar mais e mais (Iane Lucia Ramos Coelho, obrigado por esta pérola). Acho que isso me motivou a escrever... mas, deixa pra lá! Nada de ficar lamuriando por aqui!
Vamos ao que interessa!

Por trás

Vejo por trás da cortina
O quanto o pessoal mente
Escondem-me nas entrelinhas
O que não dizem pessoalmente

Vejo por trás dos panos
Um mundo desigual
Dores recheadas com desenganos
Servidas com pitadas de bem e mal

Vejo por trás da luz
A solução em comprimido
Para tudo que me reduz
A este estado (c)o(m)primido

Vejo no fim do túnel
Um caminho tortuoso
Por onde devo seguir
Se quiser sair vitorioso


Acho particularmente curiosa a capacidade que tenho de começar um poema de forma melancólica e triste e o terminar com sinais de esperança de que nem tudo está perdido! Quando o terminei, pensei duas vezes antes de manter este final, pois achava que não combinava com todo o restante puramente deprê! Mas, depois entendi que era melhor o manter deste jeito mesmo... sinal de que penso positivo!

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Mudando de assunto, darei aqui a sugestão literária do dia!

Quem é um pouco do tipo “Nerd” provavelmente conhecerá (ou já terá lido!) os livros desta série. Porém, mesmo que você não seja nerd, é uma sugestão muito boa para quem gosta de aventura e tem a mente (muito) aberta! Falo do Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams (http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Hitchhiker%27s_Guide_to_the_Galaxy). Neste link vocês encontrarão um pouco mais de detalhes sobre os livros, que formam Uma trilogia em cinco partes sensacional! Os livros são:
- O Guia do Mochileiro das Galáxias (The Hitchhiker's Guide to the Galaxy)
- O Restaurante no Fim do Universo (The Restaurant at the End of the Universe)
- A Vida, o Universo e Tudo Mais (Life, the Universe and Everything)
- Até mais, e Obrigado pelos Peixes! (So Long, and Thanks For All the Fish)
- Praticamente inofensiva (Mostly Harmless)

Douglas Adams nos apresenta um humor ácido que nos coloca em situações muito curiosas e que nos dá aquela sensação de “Ei, eu conheço esta metáfora!”. Apresenta-nos personagens de fácil identificação e personalidades interessantes! Além disso, estes livros têm uma grande contribuição para a cultura geral! Como vocês poderão ver no link, até o Radiohead – uma das minhas bandas preferidas – faz referência a está série em um de seus álbuns (o maravilhoso Ok Computer). A música Paranoid Android (SENSACIONAL!), por exemplo, é em “homenagem” a Marvin, o andróide paranoide da série.
Ah, sim, com eles vocês aprenderão o quão importante uma toalha (sim, toalha) pode ser na vida de um ser vivo (não apenas humanos...); que 42 é a resposta pra Pergunta Fundamental da Vida, do Universo e Tudo Mais; dentre outras coisas...
Resumindo, os livros são ótimos e vale muito a pena os ler!
Quanto ao filme que foi feito baseado nos livros, confesso que não tive paciência de assistir...

Bem, acho que é isso! Até a próxima!