
Sentindo-se leve
Certa vez estava num destes sites de relacionamentos e comecei a conversar com uma menina. Seu nome era Raphaella e morava em Recife, PE! Uma menina muito inteligente, mas com um sério problema de saúde: era depressiva (e aqui falo de Depressão mesmo!). Certa vez (pra ser mais exato, no dia 05/03/11), enquanto conversávamos, ela escreveu o seguinte (fiz alguns ajustes pra tirar da linguagem de Msn): “Eu não quero mais viver, meu bem. Mas vou deixar tudo certinho. De início, tô me desapegando da galera da faculdade. Em pouco tempo eles nem lembram mais de mim. Depois vou preparar o pessoal do trabalho. Por último amigos e família. Meus amimais já perceberam. Não vão sofrer!”
Depois de uma longa conversa, ela finalmente mudou de ideia! Colocou a culpa desta mudança em mim, embora eu não tenha feito nada demais (até hoje carrego esta “culpa”...)!
Tornamo-nos ótimos amigos e conversamos freqüentemente! E ontem tivemos uma conversa que me fez pensar um pouco e vir até aqui para escrever! Claro que pedi permissão a ela pra colocar trechos do que conversamos, a fim de ficar mais claro! Tudo começou com a frase de Msn dela que dizia Eu te amo!. Assim que entrei, respondi de pronto Eu também te amo! e ela respondeu Oh meu Deus!!! Você respondeu a minha frase!. Embora não tenha visto nada demais naquilo, o assunto foi até que ela disse que estava lembrando o motivo pelo qual gosta tanto de mim e que isto está relacionado ao fato de eu ser tão importante a ponto de não a ter deixado morrer (eu disse que ela me “culpa” por isso até hoje...). Conversa vai, conversa vem, chegamos a um ponto interessante. Ela, que tomava vários antidepressivos, parou de os tomar. Quando perguntei se ela estava se sentindo bem com ela mesma, respondeu imediatamente Melhor do que antes!! Aí resolvi dar uma sugestão que julguei importante: pedi para que ela tentasse se sentir “mais leve”.
Mas... como assim “Mais leve”? Explico!
Usando como exemplo a minha primeira sessão de fisioterapia, notei que tenho extrema dificuldade pra fazer algo relativamente simples: relaxar a cabeça!
É sério! Fiquei tomando "bronca" do fisioterapeuta o tempo todo por estar com os músculos presos, contraídos. Daí já se pode concluir algo importante: o fisioterapeuta terá muito trabalho comigo! Eheheheheh!!!
Mas, tirando esta parte, acho que o exemplo é ótimo por uma coisa: a citação da palavra preso.
De acordo com o Dicionário Aurélio:
Preso Adj. 1) Seguro por corda, correia, corrente, etc. 2) Condenado à prisão. 3) Detido pela polícia. 4) Sem liberdade ou ação de movimento.
Neste caso, estamos lidando com a quarta opção!
Sinto que estou preso a muitas coisas e sinto cada vez mais que não estou conseguindo me desprender delas. Algumas porque preciso finalizar antes de seguir um próximo passo; outras porque simplesmente não tenho coragem de as fazer; e, por fim, outras porque não tenho dinheiro mesmo pra fazer algo diferente!
Tenho tentado pensar em modos de lidar com tamanha prisão e como sair dela, mas confesso que tem sido bastante complicado! Entretanto, a consciência de que algo está errado e deve ser mudado ajuda-me a entender que é importante reconhecer que se precisa de ajuda para trilhar por estes árduos caminhos. Mais que isso, mostra-me que o desejo de mudança é fundamental nesta empreitada.
Tal processo de mudança pode ajudar em vários aspectos da vida.
Retornando ao exemplo da fisioterapia, notemos o seguinte: vou ao fisioterapeuta porque tenho cefaléia cervicogênica. O mais simples e prático – e que todos fazemos – é lidar com o que é sintomático, ou seja, o que aparece como sintoma, que são as dores musculares e de cabeça. Porém, esquecemos que esta cefaléia, muito provavelmente, tem um motivo, uma raiz que deve ser encontrada e tratada. Isto é, a cefaléia é apenas a ponta do iceberg.
Se levarmos este pequeno exemplo pra outros aspectos da nossa vida, veremos que muitos incômodos aparentemente simples são frutos de algo muita mais profundo e que, muitas vezes, não nos damos conta! Assim, um pouco de reflexão sobre como estamos vivendo pode nos levar a descobrir o que há no início da via. A partir da descoberta desta etapa, creio que seja menos complicado decifrar o restante do caminho!
Embora o problema possa estar em diversos lugares, o principal sítio de ação parece ser mesmo a nossa gloriosa cabecinha! Partindo desta premissa, tenho tentado encontrar o foco inicial dos meus problemas! Tenho conseguido, mas, como dito acima, há fatores que me impedem de simplesmente seguir em frente. O que fazer nesta situação? Tentar extrair o máximo que puder e me livrar aos poucos destes pesos incômodos!
Bem, é assim que tenho tentado seguir! Devagar e sempre, eu sei, mas já é um bom começo! Quem sabe assim não encontro a leveza de espírito que tanto tenho buscado...
Outro ponto que pode ajudar é a conversa com amigos! Afinal, como dito acima, o poder da amizade é muitas vezes o necessário para sairmos de muitas enrascadas.
Por isso, caros amigos, busquemos a leveza de nosso ser! Livrar-se dos pesos é o primeiro passo e fazer o que se gosta é fundamental para sermos felizes de fato!
Bem, acho que é isso! Até a próxima... e, muito provavelmente, com poema novo!
VC É CULPADO !!!
ResponderExcluirVC É UM ANJO PROF QUE SALVA A VIDA DE MUITA GENTE!!!
VIU, QUANDO DISSE QUE SALVAS-TE MINHA VIDA NÃO FOI POR ACASO, ISSO JA É UM DOM !!!
OBRIGADA POR TUDO TBM!!!
VC É UM ANJO PROF QUE SALVA A VIDA DE MUITA GENTE!!!²
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