segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Internet, mudanças e "algo mais" - Parte II


“Mudei, mudei muito. As vezes sinto a minha falta, mas outras vezes acho que foi um alívio.” (escrito por Caio Fernando Abreu, postado no Facebook por Juliana Sorella)

É com este trecho que começo a segunda parte da trilogia sobre Internet, mudanças e algo mais. Afinal, embora o texto seja curto em seu tamanho, é longo em significado.
PS: Atentem para o fato de que já vários hiperlinks nas citações! Acho que é uma forma legal de evitar que vocês percam tempo caso queiram visitar o link sugerido (viu como penso nos meus queridos seguidores?! ^^)

Parte II – Quando é hora de mudar?!

Quem acompanha este blog desde os primórdios já está careca de saber sobre o processo de mudança pelo qual passei desde o ano passado (para maiores informações, basta procurar nas postagens antigas). Dissequei cada momento ao longo de diversas postagens, numa época que cada dia era diferente e recheado de novidades para mim. Claro que devo boa parte deste processo à minha Contraparte querida (CP, obrigado, thanks, gracias, merci, grazzi, danke, arigatou...). Entretanto, não estou aqui para ficar revivendo o passado e sim para falar sobre o que nos motiva a mudar.
Certa vez escrevi um pequeno texto sobre mudanças para dar a uma menina por quem estava apaixonado (que não é a mesma citada acima):
“Mudanças, mudanças e mudanças! Assim que são feitas as nossas vidas. Algumas são boas, outras nem tanto, mas o que importa no fim de tudo é que através delas chegamos ao nosso objetivo. Ultimamente tenho passado por um período de mudanças um tanto quanto favorável. Resolvi abrir mão das pequenas e insignificantes coisas da vida e dar mais atenção àquilo que me faz realmente bem. Resultado: ainda não descobri, mas sei que estou melhorando em alguns pontos. (...)”. O restante não vem ao caso (não ainda...), pois o essencial está aí.

Mas, o que nos leva a querer mudar?
Embora não seja a melhor pessoa para falar sobre o assunto, sei que posso contribuir (assim como todos podemos) de alguma forma para o melhor entendimento do mesmo.
Durante meu momento “metamorfose ambulante” do ano passado escrevi alguns poemas/textos, os quais, ao longo do tempo, foram refletindo estes diferentes estágios de mudanças. O que percebo quando os releio é que algo havia de errado e que precisava ser consertado/modificado/refeito, mas que a inércia do dia a dia e o comodismo acabavam por me impedir. Ou, provavelmente, estes fatores apenas me desanimavam a querer mudar e, juntamente com a falta de um incentivo, de uma faísca inicial, apenas me conservavam naquela mesmice com a qual eu já estava acostumado.
E é aí que vem um ponto importante: o reconhecimento de que algo está errado e precisa ser modificado.
Se você, querido leitor, tiver um pouco mais de memória, lembrará que falei um pouco sobre isto na postagem Sentindo-se leve, na qual abordei a questão dos pesos que levamos em nossas vidas e como devemos tentar agir para os amenizar. Neste post há uma questão central semelhante, que é o fato de que, ao assumirmos nossa necessidade pelo “algo novo”, devemos buscar um modo de amenizar nossas confusões. Isto é, MUDAR!
Não importa o modo como será feito, mas as consequências geradas a partir daquilo que resolvemos deixar para trás em prol de algo diferente, algo novo, algo que substitua aquilo que não queremos mais ser. Sabe aquela coisa de “Eu não tenho mais a cara que eu tinha. No espelho essa cara já não é minha. É que quando eu me toquei achei tão estranho. A minha barba estava deste tamanho.” (Não vou me adaptar - Nando Reis)? Dat’s what I’m talking about, fellows!!!
Pare de ler este post logo após a série de perguntas a seguir e faça uma ligeira auto-avaliação:

- O que tem feito de novo nos últimos dias?
- O que tem mudado em sua rotina?
- O que tem feito para mudar aquilo que te incomoda?

Pensou bem?! Então pode prosseguir!

Acho que um dos problemas principais pelos quais passamos quando estamos “presos no final de uma bola com corrente” (Para entender esta referência, procure a música Amsterdam, do Coldplay), é que sempre queremos revolucionar o nosso interior da maneira mais rápida, intensa e indolor, o que nem sempre é possível (diria que nunca, mas tudo bem)!
Não sei se dá para simplesmente jogar tudo pelos ares e resolver mudar da água para o vinho da noite pro dia! Nessas horas é importante lembrar que, embora necessárias em alguns momentos, determinadas mudanças precisam ser pensadas, calculadas e/ou vivenciadas aos poucos. Uma coisa é você acordar em um belo dia ensolarado decidido a mudar o corte de cabelo, chegar no salão e pedir para passar a máquina zero! Outra beeeeemmm diferente é assumir que o atual emprego não é exatamente o que te faz feliz e decidir que precisa mudar o quanto antes, a fim de evitar futuras visitas a um divã. Ou seja, é preciso pensar bem antes de fazer a escolha que julgamos, pelo menos para aquele momento, correta!
Que fique bem claro que não estou aqui pregando mudanças aleatórias e sem embasamento ou dizendo que tudo isso é muito fácil! Eu mesmo tenho sérios problemas para mudar determinados pontos em minha vida (lembram-se do Reinaldo será sempre Reinaldo?). Claro que, aos poucos, vou ajustando algumas arestas.
Lembre-se que o ideal, como o nome já sugere, está só na ideia... então, não perca muito ATP se chateando/frustrando por não conseguir chegar ao que você realmente gostaria de ser. Relaxe! O importante na jornada é o quanto as nossas mudanças poderão influenciar positivamente nossa estadia aqui na Terra (Uau! Filosofei agora!). Para ilustrar bem este ponto, há um trecho de uma música do Gabriel O Pensador que se encaixa perfeitamente:
“Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!”
(Até quando? - Gabriel O Pensador)

No meio desta confusão que fica a cabeça quando se está realmente levando a sério esta coisa toda de mudança, aposto como você achará que o resultado final não será tão ruim quanto o que parecia antes de apostar em querer ir de encontro à inércia vigente e fazer algo diferente, nem que seja só pra variar.

A fim de terminar este post (deixei-o menor para compensar o passado... eheheheh!!!), fica aqui um pensamento consolador:

“Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma." (Antoine Laurent de Lavoisier, químico francês considerado o criador da química moderna)

Até a próxima com o final da trilogia...

sábado, 12 de novembro de 2011

Internet, mudanças e "algo mais" - Parte I


“Eu voltei! Agora pra ficar. Porque aqui... aqui é meu lugar. Eu voltei pras coisas que eu deixei. Eu voltei...” (Bem vindo ao Blog, Roberto Carlos).

Sim sim, salabim! Sou eu mesmo! De volta ao Blog! Ai, que saudade de escrever neste espaço... mas, confesso que não o fiz porque muitas vezes tive preguiça de escrever e/ou pensar em algo pra postar. Anyway, o importante é que estou de volta após um longo tempo afastado.
AVISO IMPORTANTE: Esta será uma postagem bem longa. Sugiro que vejam o tamanho dela antes mesmo de começar a ler. Afinal, entendo que nem todos temos saco pra ler por muito tempo. Além disto, a fim de compensar o tempo que fiquei sem postar, farei uma postagem “trilógica”, isto é, será uma trilogia, infelizmente, em apenas 3 partes (quem conhece Douglas Adams saberá do que estou falando)...

Parafraseando Pinky, da dupla Pinky e o Cérebro: “E o que vamos fazer hoje, Reinaldo?!” – Hoje vamos usar as sugestões alheias pra criar um tópico misto. Talvez por isso a postagem fique tão extensa.
Deixando o prólogo de lado e usando a frase clássica de Mike Goldberg, narrador do UFC: “And here we go!”

Parte I - Eu e a Internet

Como todos sabemos, o uso da Internet por parte da população tem crescido cada vez mais (e parece que não parará de crescer tão cedo). Seja com fins educacionais, profissionais ou mesmo para lazer (ah, vai... todos sabemos que este é o principal), a cada dia passamos mais tempo navegando na “Grande rede” e, com a evolução da tecnologia, este acesso se torna ainda mais facilitado. Afinal, hoje podemos acessar a Internet de quase todos os lugares! Mais que isso! Assim como Dr. Sheldon L. Cooper, do seriado The Big Bang Theory, estamos tão acostumados à Internet que nos esquecemos que há outros métodos de comunicação mais “simples” (vide os métodos usados por ele na descrição do vídeo, caso não entenda bem Inglês).
Desta forma, estamos expostos aos mais variados conteúdos e formas de expressão, o que gera uma pergunta importante: como será que lidamos com tudo isso?!
Talvez você nunca tenha parado pra pensar a respeito, mas todos os dias somos bombardeados com incontáveis informações e pontos de vista provenientes dos mais diferentes meios de comunicação (como o tópico aqui é sobre a Internet, vamos nos ater somente a ele). Porém, o mais curioso é que estas informações não são fornecidas apenas por sites especializados em notícias. Pelo contrário, blogs, vlogs e redes sociais (e aqui falo de qualquer uma) são cada vez mais fonte de notícias... sejam interessantes ou supérfluas. E é aqui que levantarei acampamento!

Redes sociais: por que participamos e para onde iremos?!

"Você não pode fazer 500 milhões de amigos, sem fazer alguns inimigos." – O slogan do filme A Rede social, que conta a história da criação do Facebook, já diz um pouco do que penso. Calma, galerinha! Não estou pensando em ter muito inimigos no sentido real da palavra... mas acho que alguns entenderão perfeitamente meu ponto de vista.
Você já parou pra pensar a respeito do objetivo de uma rede social? Se não, este é o momento.
De acordo com a Wikipédia, “uma rede social é uma estrutura social composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns.” Ainda de acordo com a Wikipedia, “um ponto em comum dentre os diversos tipos de rede social é o compartilhamento de informações, conhecimentos, interesses e esforços em busca de objetivos comuns.” (quem tiver mais interesse, só ver o link)
A partir destas definições, podemos fazer algumas observações importantes:
1) Ao aceitarmos alguém em nossa rede social, partimos do princípio de que aquela pessoa partilha algo em comum conosco;
2) Uma vez em sua rede social, estamos sujeitos a “aceitar” os pontos INcomuns que temos com as pessoas que compõem nossa rede;
3) Não necessariamente tudo que é partilhado será aproveitado pelos envolvidos;
E o mais importante (do meu ponto de vista):
4) Quer privacidade e que não comentem sobre a tua vida? Há duas escolhas bem simples: i) NÃO crie um perfil ou ii) NÃO poste coisas que não gostaria que outros soubessem (irrita-me profundamente ver pessoas reclamando que querem privacidade ou que parem de cuidar de suas vidas em plena rede social).

A partir destas observações é que entro no assunto propriamente dito.

Embora não conheçamos e/ou façamos parte todas, há dezenas de redes sociais espalhadas pela Internet: Orkut, Facebook, Twitter, Myspace, Linkedin, e por aí vai!
Mas... já pararam pra pensar na enorme quantidade de besteiras esgurmitadas (essa é pra quem é Zé Graça Master ou Zé Gracete!) diariamente nas mais diversas redes sociais?! “Ah, Reinaldo, mas é pra isso que servem o Face e o Twitter!” – Quase concordo com você. Quase porque, se é uma rede livre, você tem o direito de postar o que bem entender. Entretanto, o que acontece na maior parte das vezes é que muitas pessoas esquecem que as redes sociais deveriam ser lugares para compartilhamento de informações (in)úteis (afinal, quem não curte uma cultura inútil de vez em quando?!), (re)encontro de amigos (acho que este é um dos pontos altos de uma rede social) e, obviamente, para entrar em contato (seja pessoal ou profissional) com outras pessoas. Ao contrário, o que mais se vê nas redes sociais (pelo menos na minha e sei que na de algumas outras pessoas também) é um número cada vez maior de gente fazendo do seu perfil um diário. Pior! Fazendo dele uma espécie de “prestação de contas” do que é feito ao longo do dia. Vai dizer que não é um saco entrar na tua página e encontrar um monte de postagens do tipo:

- “Bom dia, Face!” (“Boa tarde” e “Boa noite” também são válidos);
- “Saindo pra night agora! Beijos pra quem fica!”;
- “Banhooooo!!!”;
- “Me arrumando pra sair!”.

Agora, diga-me a verdade: você realmente está interessado em toda esta idiotice disfarçada de postagem?! Se tiver o mínimo de inteligência, dirá que não. Caso a resposta seja “Sim!”... bem, cada um sabe o que quer da vida e não estou aqui para julgar (embora o tenha feito subliminarmente na frase anterior).
Quando vejo este tipo de postagem sempre me pergunto o que o sujeito estava querendo com aquilo. Será a necessidade pura e simples de exteriorizar tudo que tem em mente ou é simplesmente por hábito? Será que é pra dizer que posta diariamente naquele canal de comunicação ou é só um modo de conseguir chamar atenção (seja de forma positiva ou negativa)? Bem, como não tenho como adivinhar, fico apenas com minhas conclusões acerca do assunto (e que não são nada animadoras). Até posso estar julgando erroneamente os propósitos daqueles que insistem em querer mostrar pra Deus e o mundo que sua página pessoal é atualizada constantemente, não importando o conteúdo das postagens. Mas, o que incomoda, de fato, é a banalização de um instrumento que poderia ser muito útil. Vai dizer que você não sabe que muitas empresas vivem de olho nas redes sociais, não apenas para recrutar profissionais como também para “vigiar” seus empregados? Então está na hora de prestar mais atenção nestes detalhes.
Entretanto, o problema não é apenas o número crescente de postagens imbecis (nem entrarei na questão dos intermináveis pedidos de adesão a joguinhos e eventos idiotas que prometem prêmios em troca de propaganda gratuita). Pensemos juntos: se o número de postagens cresce é porque há mais tempo sobrando para que elas sejam postadas. Uma mensagem não se posta sozinha, o que sugere fortemente que alguém a colocou ali. Logo, há alguém que não tem o que fazer postando algo, mesmo que seja às 3 h da manhã de uma quarta-feira (nem todos têm o hábito de usar a noite pra dormir, não é Lezi?! Eheheheheh!!!). O ponto é que estamos passando cada vez mais tempo em frente ao computador atualizando nossos “n” perfis em redes sociais, quando deveríamos estar aproveitando o tempo para ler, namorar, ver um filme, rir com os amigos, limpar o quarto, trabalhar, sair aleatoriamente pelas ruas... ou seja, praticar atividades extra-computador (e aqui não me refiro apenas a PCs e notebooks, mas também aos mais variados trecos eletrônicos que nos permitem acesso à Internet). Para se ter uma ideia, segundo pesquisa do Ibope/NetRatings, o Brasil é o país que mais passa tempo em sites relacionados às redes sociais. Ficamos, em média, cerca de 5 HORAS POR MÊS em frente ao computador usufruindo deste tipo de site, enquanto os demais países pesquisados ficam, em média, 2 h por mês. Pode não parecer muito, mas é um tempo que já estamos deixando de aproveitar para outras atividades.
Há um víde curioso da DTAC, uma empresa telefônica tailandesa, que mostra o que acontece quando usamos demasiadamente o celular. O fato é que o mesmo acontece quando usamos o computador. Vi há alguns dias uma frase que dizia algo como “Facebook: unindo amigos distantes e afastando amigos próximos!”, que não passa do reflexo do que vivemos atualmente. Bem, eu mudaria um pouco esta frase para algo como: “Facebook: reencontrando amigos distantes e deixando de lado amigos próximos!”, pois o que acontece é que, muitas vezes, ao encontrarmos um antigo e distante amigo nas redes sociais, adicionamos apenas para um “Oi! Quanto tempo? O que tem feito?” e nada mais. Depois deste contato inicial, o tal “amigo” passar a ser apenas mais um número na estatística do perfil.
Este é outro ponto curioso que geralmente noto em redes sociais: a banalização da “adição ao perfil”. Ora bolas! Se a bendita rede é para te conectar a amigos, porque tanta gente desconhecida insiste em te adicionar apenas para mostrar que tem “500 milhões de amigos”?! Ah, come on! Se há uma coisa que também não suporto é gente que se preocupa mais com quantidade que com qualidade, ou seja, gente que prefere ter n!^n! (se não entendeu, está na hora de estudar mais matemática. Para esclarecer, procure por “Fatorial”. Para constar, “^” é usado como indicativo de que o número à direita do símbolo é o expoente de uma potência cuja base é o número à esquerda do mesmo) amigos, mas que não fala com 0,1% deles (este número é em homenagem à namorada... eheheheh!). Isto apenas me sugere a necessidade que algumas pessoas têm em mostrar que são “queridas” pelo fato de terem muitas conexões nas redes sociais. Ai ai...
Bem, acho que já falei demais nesta primeira parte. Espero ter exposto meu ponto de vista de forma “simples e objetiva” (Rá! Jamais será!) e que coloquem os seus pontos de vista nos comentários (caso queiram, claro).
Finalizo então com uma afirmação baseada na definição apresentada aqui sobre redes sociais, usando algo muito comum em imagens do próprio Facebook (alguns irão conhecer):
Rede social: você está usando isso errado!!!

Até a próxima!