
“Mudei, mudei muito. As vezes sinto a minha falta, mas outras vezes acho que foi um alívio.” (escrito por Caio Fernando Abreu, postado no Facebook por Juliana Sorella)
É com este trecho que começo a segunda parte da trilogia sobre Internet, mudanças e algo mais. Afinal, embora o texto seja curto em seu tamanho, é longo em significado.
PS: Atentem para o fato de que já vários hiperlinks nas citações! Acho que é uma forma legal de evitar que vocês percam tempo caso queiram visitar o link sugerido (viu como penso nos meus queridos seguidores?! ^^)
Parte II – Quando é hora de mudar?!
Quem acompanha este blog desde os primórdios já está careca de saber sobre o processo de mudança pelo qual passei desde o ano passado (para maiores informações, basta procurar nas postagens antigas). Dissequei cada momento ao longo de diversas postagens, numa época que cada dia era diferente e recheado de novidades para mim. Claro que devo boa parte deste processo à minha Contraparte querida (CP, obrigado, thanks, gracias, merci, grazzi, danke, arigatou...). Entretanto, não estou aqui para ficar revivendo o passado e sim para falar sobre o que nos motiva a mudar.
Certa vez escrevi um pequeno texto sobre mudanças para dar a uma menina por quem estava apaixonado (que não é a mesma citada acima):
“Mudanças, mudanças e mudanças! Assim que são feitas as nossas vidas. Algumas são boas, outras nem tanto, mas o que importa no fim de tudo é que através delas chegamos ao nosso objetivo. Ultimamente tenho passado por um período de mudanças um tanto quanto favorável. Resolvi abrir mão das pequenas e insignificantes coisas da vida e dar mais atenção àquilo que me faz realmente bem. Resultado: ainda não descobri, mas sei que estou melhorando em alguns pontos. (...)”. O restante não vem ao caso (não ainda...), pois o essencial está aí.
Mas, o que nos leva a querer mudar?
Embora não seja a melhor pessoa para falar sobre o assunto, sei que posso contribuir (assim como todos podemos) de alguma forma para o melhor entendimento do mesmo.
Durante meu momento “metamorfose ambulante” do ano passado escrevi alguns poemas/textos, os quais, ao longo do tempo, foram refletindo estes diferentes estágios de mudanças. O que percebo quando os releio é que algo havia de errado e que precisava ser consertado/modificado/refeito, mas que a inércia do dia a dia e o comodismo acabavam por me impedir. Ou, provavelmente, estes fatores apenas me desanimavam a querer mudar e, juntamente com a falta de um incentivo, de uma faísca inicial, apenas me conservavam naquela mesmice com a qual eu já estava acostumado.
E é aí que vem um ponto importante: o reconhecimento de que algo está errado e precisa ser modificado.
Se você, querido leitor, tiver um pouco mais de memória, lembrará que falei um pouco sobre isto na postagem Sentindo-se leve, na qual abordei a questão dos pesos que levamos em nossas vidas e como devemos tentar agir para os amenizar. Neste post há uma questão central semelhante, que é o fato de que, ao assumirmos nossa necessidade pelo “algo novo”, devemos buscar um modo de amenizar nossas confusões. Isto é, MUDAR!
Não importa o modo como será feito, mas as consequências geradas a partir daquilo que resolvemos deixar para trás em prol de algo diferente, algo novo, algo que substitua aquilo que não queremos mais ser. Sabe aquela coisa de “Eu não tenho mais a cara que eu tinha. No espelho essa cara já não é minha. É que quando eu me toquei achei tão estranho. A minha barba estava deste tamanho.” (Não vou me adaptar - Nando Reis)? Dat’s what I’m talking about, fellows!!!
Pare de ler este post logo após a série de perguntas a seguir e faça uma ligeira auto-avaliação:
- O que tem feito de novo nos últimos dias?
- O que tem mudado em sua rotina?
- O que tem feito para mudar aquilo que te incomoda?
Pensou bem?! Então pode prosseguir!
Acho que um dos problemas principais pelos quais passamos quando estamos “presos no final de uma bola com corrente” (Para entender esta referência, procure a música Amsterdam, do Coldplay), é que sempre queremos revolucionar o nosso interior da maneira mais rápida, intensa e indolor, o que nem sempre é possível (diria que nunca, mas tudo bem)!
Não sei se dá para simplesmente jogar tudo pelos ares e resolver mudar da água para o vinho da noite pro dia! Nessas horas é importante lembrar que, embora necessárias em alguns momentos, determinadas mudanças precisam ser pensadas, calculadas e/ou vivenciadas aos poucos. Uma coisa é você acordar em um belo dia ensolarado decidido a mudar o corte de cabelo, chegar no salão e pedir para passar a máquina zero! Outra beeeeemmm diferente é assumir que o atual emprego não é exatamente o que te faz feliz e decidir que precisa mudar o quanto antes, a fim de evitar futuras visitas a um divã. Ou seja, é preciso pensar bem antes de fazer a escolha que julgamos, pelo menos para aquele momento, correta!
Que fique bem claro que não estou aqui pregando mudanças aleatórias e sem embasamento ou dizendo que tudo isso é muito fácil! Eu mesmo tenho sérios problemas para mudar determinados pontos em minha vida (lembram-se do Reinaldo será sempre Reinaldo?). Claro que, aos poucos, vou ajustando algumas arestas.
Lembre-se que o ideal, como o nome já sugere, está só na ideia... então, não perca muito ATP se chateando/frustrando por não conseguir chegar ao que você realmente gostaria de ser. Relaxe! O importante na jornada é o quanto as nossas mudanças poderão influenciar positivamente nossa estadia aqui na Terra (Uau! Filosofei agora!). Para ilustrar bem este ponto, há um trecho de uma música do Gabriel O Pensador que se encaixa perfeitamente:
“Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente
A gente muda o mundo na mudança da mente
E quando a mente muda a gente anda pra frente
E quando a gente manda ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura
Na mudança de postura a gente fica mais seguro
Na mudança do presente a gente molda o futuro!”
(Até quando? - Gabriel O Pensador)
No meio desta confusão que fica a cabeça quando se está realmente levando a sério esta coisa toda de mudança, aposto como você achará que o resultado final não será tão ruim quanto o que parecia antes de apostar em querer ir de encontro à inércia vigente e fazer algo diferente, nem que seja só pra variar.
A fim de terminar este post (deixei-o menor para compensar o passado... eheheheh!!!), fica aqui um pensamento consolador:
“Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma." (Antoine Laurent de Lavoisier, químico francês considerado o criador da química moderna)
Até a próxima com o final da trilogia...
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