Acho que meu cérebro me pregou uma boa peça esse fim de semana. O que ele fez? Simples! Ele só mudou o mecanismo de defesa contra notícias desagradáveis. "Como assim, Reinaldo?" Deixe-me explicar. Toda vez que algo muito ruim vai acontecer, geralmente começo a sentir fortíssimas dores de cabeça sem motivo aparente (fome, doença, cansaço). Isso é uma constante há anos em minha vida! Entretanto, desta vez ele usou de outro mecanismo: fez TUDO dar errado no mesmo dia! E por que isso é tão ruim? Se já não é ruim por si só tudo dar errado, pelo menos quando a cabeça doía, as coisas continuavam funcionando! Já pensou? Toda vez que algo ruim for acontecer o meu dia começar a dar errado no laboratório? Não vou defender minha tese nunca! E isso foi um dos eventos de ontem...
Mas, tudo bem! Agora já foi.
Ah, o que deu errado? Nada... poemas falam por si só! E aqui vai um...
Desorientação
Em uma montanha-russa sentimental
De cima para baixo
Ora bem, ora mal
Trilho sobre os trilhos dos caminhos que escolhi
Sigo indeciso
Impreciso
Desorientado em relação ao passado
Presente
Futuro
Em tudo que sou capaz de estabelecer
As metas
Os objetivos
As retas
Contínuas, intermitentes ou tortuosas
Oblíquas como penso que deveriam ser
Assim, de repente,
Te vejo sem transparecer
Por esquinas repletas de olhares
Curiosos, aflitos, vorazes
Todos vão ao encontro de você
Sinto-me acuado
Evasivo
Intimidado
Vou de lado, com cuidado para não me machucar
Sinto e não consigo falar
Sinto que despercebido deveria passar
Desconfortável sensação
Vejo a vida fluindo por entre os vãos
Sem ter como impedir que aconteça
Levo as mãos à cabeça
Sem sentido apelo do coração
Num momento de resistência
Exclamo “Por favor, clemência!”
E você me diz que não!
Maldita instabilidade
Que me causa uma falsa realidade
A impressão de liberdade
E ao mesmo tempo reclusão
Melancolia estagnada
Ironia engasgada
Memórias do que vivi
Deixo o tempo passar
Certo de que passará
O que sinto dentro mim
Minha musa Ana Carolina tinha uma velha mania de se trancar em seu quarto e ficar por dias e dias incomunicável, sem comer e beber direito, se concentrando somente em suas músicas. Seus amigos e familiares preocupados com esse estranho comportamento a aconselharam a parar. Então ela decidiu se trancar pela última vez. Foi quando ela compôs "Trancado":
ResponderExcluir"Eu tranco a porta pra todas as mentiras
E a verdade também está lá fora
Agora, a porta está trancada
A porta fechada me lembra você a toda hora
A hora me lembra o tempo que se perdeu
Perder é não ter a bússola
É não ter aquilo que era seu
E o que você quer? Orientação?
Eu tranco a porta pra todos os gritos
E o silêncio também está lá fora
Agora a porta está trancada
Eu pulo as janelas
Será que eu tô trancado aqui dentro?
Será que você tá trancado lá fora?
Será que eu ainda te desoriento?
Será que as perguntas são certas?
Então eu me tranco em você
E deixo as portas abertas"
Bom e produtivo exílio, futuro doutor!
Obrigado pelo incentivo!
ResponderExcluirAgora é trilhar nossos caminhos! ^^