"Cronicando"

Olá pessoas!
Embora esteja vivendo uma fase na qual escrevo bastante, digamos que o conteúdo de tais poemas ainda não deve ser publicado. O motivo? Ainda quero ter certeza de determinados fatos. Mas, garanto que tenho "me divertido" bastante com isso.
Sendo assim, como tenho outros muito poemas que poderiam ser colocados aqui, mas que não condizem com o meu atual estado de espírito, decidi colocar uma crônica que escrevi. O mais legal é que é baseada em fatos reais (preciso mesmo dizer em quem é baseada? Ah sim, obrigado!). Espero que gostem!

Conselheiro amoroso? Ai ai ai...

Interessante!
Há pessoas que nascem para diversas finalidades na vida! Mais que isso, muitas adquirem capacidade para exercer diversas outras funções ao longo de nossas história neste mundo!
Uma que nunca pensei em exercer era a de Terapeuta do amor. Sério! Descobri recentemente que tenho uma facilidade enorme para lidar com as dificuldades relacionadas ao sentimento das outras pessoas. Está bem, talvez o nome mais apropriado fosse algo como Ouvinte dos problemas amorosos alheios e conselheiro para tais problemas. Acho que isso se encaixa melhor nas minhas atuais “funções”.
Talvez eu devesse ter ouvido o meu irmão, que sempre diz “Jamais se torne o conselheiro amoroso de alguém. Isso é furada!”. Mas não, eu quis enveredar por outro caminho, tentar ser compassivo e gentil. Agora, aqui estou! E digo mais. Se eu cobrasse por cada serviço prestado, fazendo disso uma profissão – possivelmente bastante lucrativa –, certamente eu já teria dinheiro suficiente pra comprar uma bela casa de praia ou um carro do ano!
O curioso é que já passei pelas mais bizarras situações por ser compreensivo e simpático nos momentos de delírios amorosos de outrem! Não acredita? Deixe-me exemplificar então.
Certa vez uma amiga cismou que eu deveria conhecer uma outra amiga que trabalha com ela. Depois de muita enrolação pro encontro (era um tal de marca-desmarca) e de duas horas de espera, encontrei-me com a menina. Simpática, inteligente e muito bonita. Sentamo-nos e ficamos conversando a três (Ménage à trois? Não!). Num determinado momento, nossa amiga em comum decidiu que era hora de nos deixar mais à vontade e saiu pra comprar algo pra beber.
Conversa vai, conversa vem, entramos num assunto relacionado à relacionamentos amorosos (nem lembro o que nos levou a isso). Ela começou a falar de um ex-namorado em particular, de como o cara fizera parte de sua vida e os motivos de não terem dado certo (isso incluía o término de um noivado). De repente, ela veio com um papo ainda mais estranho, dizendo que traía o namorado dela, na época, com esse outro ex-. Putz! Peraí! Eu entendi bem? Ela tava contando pra um possível pretendente que mentia pra esse (ex-)namorado pra se encontrar com o ex- anterior?! Cara, isso não existe! Ou melhor, descobri que existe! Eu ali, louco pra ficar com ela... e ela me diz que traía o ex com o ex-ex!!!
Cheguei então à brilhante conclusão de que não seria mesmo uma boa idéia ficar com ela e resolvi atacar de... adivinha? Acertou se disse que foi de Terapeuta do amor. Tadinha! Senti que ela precisava de alguém pra ouvir o que se passava em seu coraçãozinho! Então, fiquei lá, gastando meu ATP e minha paciência.
Muito tempo depois, reaparece nossa amiga e me olha com aquela cara de “E aí, rolou?”. Ainda lembro da decepção dela ao ouvir (na verdade, ler, já que conversamos pelo MSN) como se desenvolveu meu “encontro” – “Desculpe-me se a Operação cupido falhou e por fazer você perder seu tempo” – Perder meu tempo? Acho que não! Ganhei foi mais uma “atribuição profissional”: Ouvinte dos problemas amorosos alheios e conselheiro para tais problemas!
Sendo assim, aqui vai uma dica. Se você pretende ficar com uma pessoa, certifique-se de duas coisas: i) procure saber antes do passado amoroso dela e ii) faça isso sem passar pelo estágio de conselheiro amoroso. Certamente isso te livrará de muitas preocupações, embora também te prive de uma ótima história pra contar!
Esse foi só um exemplo! Tenho colecionado casos depois que descobri essa nova atividade! E quer saber? Até que eu gosto disso, no fim das contas!
Se ser ou não conselheiro amoroso é uma boa idéia, ainda não descobri. Mas, enquanto isso me render boas histórias e um possível bom cachê, continuarei ajudando pessoas a superar suas dificuldades amorosas!